
AINDA NÃO ACREDITO! 50 ANOS.
Quando fecho os olhos, ainda me vejo correndo e dançando sob a chuva, nas ruas da minha pequena cidade natal, no Nordeste do Brasil. Nessa lembrança, sou um adolescente de quatorze ou quinze anos, repleto de energia, com a vida pulsando em cada fibra do meu ser. Naquela época, o tempo era uma ideia abstrata, e a palavra “velhice” parecia pertencer a um mundo tão distante que eu sequer a considerava.
Mas, quando abro os olhos, a realidade se impõe. É impossível ignorar o quanto o tempo passou – e com que rapidez ele o fez. Ainda assim, mesmo agora, aos cinquenta anos, o conceito de “tempo” continua me escapando, e a ideia de “velhice” permanece um mistério que eu não consigo decifrar completamente.
Há, no entanto, algo que hoje me parece mais claro e concreto: o som do cronômetro marcando a contagem regressiva. Essa percepção me faz refletir sobre a finitude da vida e a preciosidade de cada instante. Com meio século de existência, começo a entender que não tenho mais tanto tempo assim – pelo menos, não aquele tempo produtivo, repleto de vigor.
Aos cinquenta, qualquer pessoa – seja dotada de grande inteligência ou marcada por certa ignorância – pode sentir o peso das mudanças que a vida traz. Esse marco é emblemático. Não é uma mudança de rota, mas uma transformação inevitável. A máquina que somos começa a perder um pouco da sua potência, e, mesmo que continuemos em movimento, a consciência de que um dia tudo irá parar de vez torna-se mais presente.
Essa reflexão não é motivo de lamento, mas de aceitação. É um lembrete de que, enquanto o cronômetro estiver marcando, há vida a ser vivida – com intensidade, com propósito e, acima de tudo, com gratidão.
Ivanildo Soares Miranda
AUTOR

ESTE E-BOOK É ALGO INTERESSANTE PARA QUEM ESTAR ADENTRANDO NO MUNDO DOS CINQUENTA ANOS. O QUE É BOM, O QUE É RUIM, NÃO IMPORTA MAIS POIS AGORA VOCÊ TERÁ QUE CONVIVER COM ESSA NOVA FASE: “50 COISAS QUE MELHORARAM+50 COISAS QUE PIORARAM AO COMPLETAR 50 ANOS“.
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